quarta-feira, 23 de maio de 2012

Teoria da “Maiêutica” defendida por Sócrates

A Teoria da “Maiêutica” defendida por Sócrates dá à luz a um novo conhecimento, um aprofundamento que não chega ao conhecimento absoluto. Ele comparava frequentemente este método com a profissão da mãe: era possível trazer a verdade à luz. O seu sentido de humor confundia os seus interlocutores, que acabavam por confessar a sua ignorância, da qual Sócrates extraía sabedoria. Um exemplo clássico da aplicação da maiêutica é um diálogo platônico (intitulado Mênon), no qual Sócrates leva um escravo ignorante a descobrir e formular vários teoremas de geometria.
A maneira como Sócrates fazia as pessoas conhecerem-se a si mesmas também estava ligada à sua descoberta de que o homem, em sua essência, é a sua psyché. Em seu método, chamado de maiêutica, ele tendia a despojar a pessoa da sua falsa ilusão do saber, fragilizando a sua vaidade e permitindo, assim, que a pessoa estivesse mais livre de falsas crenças e mais susceptível à extrair a verdade lógica que também estava dentro de si.
Sócrates pretendia que o seu questionamento sistemático levasse os outros a um ponto crucial de consciência crítica, procurando a verdade no seu interior, dando assim lugar ao "parto intelectual". A maiêutica é, assim, a fase positiva, construtiva, do método socrático que permite o acordo através das certezas universais obtidas pela definição após a discussão. Trata-se de um diálogo do primeiro período que se caracteriza pela ausência da teoria da reminiscência que serve de fundamento à maiêutica. Ele nada ensinava, apenas ajudava as pessoas a tirarem de si mesmas opiniões próprias e limpas de falsos valores, pois o verdadeiro conhecimento tem de vir de dentro, de acordo com a consciência, e que não se pode obter expremendo-se os outros. Dessa forma, entendemos que até mesmo na atividade de aprender uma disciplina qualquer, o professor é um orientador, um guia e esclarecer dúvidas.

Um comentário:

  1. Desde seu princípio na antiguidade o método socrático foi utilizado e desenvolvido por diversos filósofos até a atualidade. Leonard Nelson e Gustav Heckmann são dois importantes nomes ligados ao uso atual do método na filosofia. Sobretudo com o desenvolvimento da terapia cognitiva nos anos 60 do séc. XX, o método socrático passou a ser utilizado como método de entrevista em diversos contextos de psicoterapia e aconselhamento.

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