A Teoria da “Maiêutica” defendida por Sócrates dá à luz a um novo conhecimento, um
aprofundamento que não chega ao conhecimento absoluto. Ele comparava frequentemente
este método com a profissão da mãe: era possível trazer a verdade à luz.
O seu sentido de humor confundia os seus
interlocutores, que acabavam por confessar a sua ignorância, da qual Sócrates
extraía sabedoria. Um
exemplo clássico da aplicação da maiêutica é um diálogo platônico (intitulado
Mênon), no qual Sócrates leva um escravo ignorante a
descobrir e formular vários
teoremas de geometria.
A maneira como Sócrates fazia as pessoas conhecerem-se a si mesmas também
estava ligada à sua descoberta de que o homem, em sua essência, é a sua psyché.
Em seu método, chamado de maiêutica, ele tendia a despojar a pessoa da sua
falsa ilusão do saber, fragilizando a sua vaidade e permitindo, assim, que a
pessoa estivesse mais livre de falsas crenças e mais susceptível à extrair a
verdade lógica que também estava dentro de si.
Sócrates pretendia que o
seu questionamento sistemático levasse os outros a um ponto crucial de
consciência crítica, procurando a verdade no seu interior, dando assim lugar ao
"parto intelectual". A maiêutica é, assim, a fase positiva,
construtiva, do método socrático que permite o acordo através das certezas
universais obtidas pela definição após a discussão. Trata-se de um diálogo do
primeiro período que se caracteriza pela ausência da teoria da reminiscência
que serve de fundamento à maiêutica. Ele nada ensinava, apenas
ajudava as pessoas a tirarem de si mesmas opiniões próprias e limpas de falsos
valores, pois o verdadeiro conhecimento tem de vir de dentro, de acordo com a
consciência, e que não se pode obter expremendo-se os outros. Dessa forma, entendemos que até mesmo na
atividade de aprender uma disciplina qualquer, o professor é um orientador, um guia e esclarecer dúvidas.
Desde seu princípio na antiguidade o método socrático foi utilizado e desenvolvido por diversos filósofos até a atualidade. Leonard Nelson e Gustav Heckmann são dois importantes nomes ligados ao uso atual do método na filosofia. Sobretudo com o desenvolvimento da terapia cognitiva nos anos 60 do séc. XX, o método socrático passou a ser utilizado como método de entrevista em diversos contextos de psicoterapia e aconselhamento.
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