O Racionalismo é a filosofia que enfatiza o papel
da razão, que garante a aquisição e justificação do conhecimento sem auxílio
(Blackburn, 1997). Iniciou-se com as novas descobertas da Revolução Científica
e caracterizou-se a princípio pela posição de que a razão pode nos apresentar o
mundo e de que a ciência deve separar-se da filosofia, então seria
responsabilidade da filosofia o embasamento racional das novas descobertas. Como
grande representante do período, Descartes foi o primeiro a oferecer uma
resposta para o impasse. Ele delimita a modernidade: o surgimento do
subjetivismo como apelo ao homem criador, dominador e conquistador da natureza
– o homem pensante. Descartes, comumente chamado de principal pensador da
racionalidade moderna, iniciou seus estudos afirmando que só se conhece a
realidade pela razão, a isso chamamos Racionalismo a verdade é representada,
subjetivamente, isto é, na consciência do homem e não no mundo. Ainda define a
valorização positiva do indivíduo e de sua subjetividade como espelho do
governo da razão. O Racionalismo é a corrente central no pensamento liberal que
tem por objetivo estabelecer e propor caminhos para alcançar determinados fins.
Esses fins são postulados em nome do interesse coletivo, que é a base do
liberalismo e que se torna também a base do racionalismo. O racionalismo é
baseado nos princípios da busca da certeza e da demonstração, sustentados por
um conhecimento a priori, ou seja, conhecimentos que não vêm da experiência e
são elaborados somente pela razão. Descartes usou uma
analogia significativa, onde comparou o conhecimento humano a uma árvore, sendo
as raízes a metafísica e o tronco a física. Assim sendo, caberia à filosofia
definir os fundamentos, e à ciência os fenômenos e fatos em si.
Sendo um racionalista convicto, Descartes procurou
combater os cépticos e reabilitar a razão.
O Empirismo é juntamente com o racionalismo, uma das grandes correntes
formadoras da filosofia moderna (século XVI-XIX). Enquanto que o racionalismo
de Descartes explicava o conhecimento humano a partir da experiência do
individuo de idéias inatas que se originavam em último da análise de Deus, os
empiristas pretenderam dar uma explicação do conhecimento a partir da
experiência, eliminado desta forma a noção de idéias inatas, considerando
obscura e problemática. Os defensores do
empirismo afirmam que a razão, a verdade e as idéias racionais são adquiridas
por nós pela experiência. Nossos conhecimentos começam com a experiência dos
sentidos, isto é, com as sensações. Os objetos exteriores excitam nossos órgãos
dos sentidos e vemos cores, sentimos sabores e odores, ouvimos sons, sentimos a
diferença entre o áspero e o liso, o quente e o frio, etc. No decorrer da
história da Filosofia muitos filósofos defenderam a tese empirista, mas os mais
famosos e conhecidos são os filósofos ingleses dos séculos XVI ao XVIII, chamados,
por isso, de empiristas ingleses: Francis Bacon, John Locke, George Berkeley e
David Hume. O empirismo é uma característica muito marcante da filosofia
inglesa.
O Criticismo caracteriza-se pela posição de considerar a análise crítica
da possibilidade, do valor, da origem e dos limites do conhecimento racional
seriam o ponto de partida do conhecimento filosófico. Pode ser considerado uma
crítica ao Racionalismo e ao Empirismo. Criticismo tem origem no alemão Kritizismus,
representa em filosofia a posição metodológica própria do kantismo.
Caracteriza-se por considerar que a análise crítica da possibilidade, da
origem, do valor, das leis e dos limites do conhecimento racional constituem-se
no ponto de partida da reflexão filosófica. Doutrina filosófica que tem como
objeto o processo pelo qual se estrutura o conhecimento. Estabelecida pelo
filósofo alemão Immanuel Kant, a partir das críticas ao empirismo e ao
racionalismo. Nascido na Alemanha, Kant interessou-se
desde o início pela ciência newtoniana e se questionava a respeito da natureza
do nosso conhecimento. Influenciado pela leitura de Hume, em especial
pelas criticas que este faz ao dogmatismo racionalista, Kant (1724-1804) tenta
encontrar uma solução que supere a dicotomia representada pelo ceticismo
empírico e pelo racionalismo. Ao analisar a estrutura sensível,
Kant descobre duas formas da sensibilidade responsáveis por ordenar as
sensações ou impressões no sujeito: espaço e tempo. A capacidade de sermos
afetados pelo objeto está a priori no ser humano, ou seja, precede qualquer experiência,
sendo, portanto, necessária e igual em todos os seres humanos. Ela é denominada
intuição pura. Portanto o contexto da reflexão kantiana seria o século XVIII,
marcado por duas ciências que apresentavam resultados indiscutíveis para a
humanidade: matemática e física. Tendo como pressuposto o ideal
iluminista da razão autônoma capaz de construir conhecimento, Kant vê a
necessidade de proceder à análise crítica da própria razão como meio de
estabelecer seus limites e suas possibilidades.
Kant propõe o "método transcendental", método
analítico com o qual empreenderá a decomposição
e o exame das condições de conhecimento e dos fundamentos da ciência e da
experiência em geral.
Podemos destacar ainda no: Racionalismo (Descarte afirmava que, para conhecermos a verdade, é preciso, de início, colocar todos os nossos conhecimentos em dúvida, questionando tudo para criteriosamente analisarmos se existe algo na realidade de que possamos ter plena certeza). Empirismo (É um movimento que acredita nas experiências como únicas ou principais formadoras das ideias, discordando, portanto, da noção de ideias inatas). Criticismo (Tem origem no alemão Kritizismus, representa em filosofia a posição metodológica própria do kantismo. Caracteriza-se por considerar que a análise crítica da possibilidade, da origem, do valor, das leis e dos limites do conhecimento racional constituem-se no ponto de partida da reflexão filosófica).
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