terça-feira, 24 de abril de 2012

Mito


Desde os tempos mais remotos, percebemos que o ser humano sempre se preocupou em buscar explicações sobre as origens, sobre o sentido da vida, da morte e dos acontecimentos aparentemente inexplicáveis que ocorrem à nossa volta. Por meio do sobrenatural, do transcendente, os povos primitivos lidavam melhor com a realidade, situando-se de forma espontânea no mundo. As várias culturas trazem mitos sobre a origem do mundo, da tribo, do homem, dos vegetais, dos animais, da alegria, da dor, etc.

Na cultura ocidental, mito é um discurso pronunciado ou proferido para ouvintes que recebem como verdadeira a narrativa, porque confiam naquele que narra; é uma narrativa feita em público, baseada, portanto, na autoridade e confiabilidade da pessoa do narrador, pois acredita-se que o poeta é um escolhido dos deuses, que consegue enxergar os acontecimentos passados e ver a origem de todos os seres e de todas as coisas.

O mito expressa, por meio do seu poder criativo, como as coisas passaram a existir, apesar de se constituir como uma criação, ele não pode ser interpretado como uma simples invenção, a sua finalidade é representar, por meio de uma linguagem simbólica, a realidade do mundo humano. O mito é marcado por um forte simbolismo, por uma forma de expressão até mesmo literária. Desprovido de qualquer caráter lógico e racional, o mito nem sempre possui sentido, ficando às vezes no plano da sugestão. Por isso está sujeito às mais variado interpretações.

O mito não se importa com contradições, com o fabuloso e o incompreensível, não apenas por esses traços serem próprios da narrativa mítica, como também porque a confiança e a crença no mito partem da autoridade religiosa do narrador. A filosofia, ao contrário, não admite contradições, fabulação e coisas incompreensíveis, mas exige que a explicação seja coerente, lógica e racional; além disso, a autoridade da explicação não vem da pessoa do filósofo, mas da razão, que é a mesma em todos os seres humanos.

Exemplo de Mito:

Minotauro

O Minotauro é um dos personagens mais conhecidos da mitologia grega. Segundo o mito, o Minotauro era um ser com cabeça e cauda de touro e corpo de homem que habitou um labirinto na ilha de Creta.

O Minotauro teria nascido quando seu pai, futuro rei de Creta, fez um pedido ao deus dos mares, Poseidon. O pedido foi que ele, Minos, queria ser rei de Creta. Poseidon disse então que enviaria a Minos um touro dos mares e que esse animal deveria ser sacrificado como oferenda.

Quando o touro surgiu dos mares, Minos não teve coragem de sacrificar o animal, pois o achou muito lindo. Substituiu-o por um de seus touros esperando que Poseidon não notasse a diferença. Porém, Poseidon percebeu que fora enganado e decidiu castigar Minos. Decidiu não lhe tirar o trono. Poseidon fez com que a mulher de Minos, Pasífae se apaixonasse pelo touro, sendo que dessa união nasceu o minotauro.

Com medo e desprezo pelo “filho” de sua esposa, porém sem coragem para matá-lo, Minos mandou construir um labirinto abaixo de seu castelo para prender o Minotauro.

Anos depois, Minos derrotou Atena em uma guerra que lhe custou um dos filhos. Atena como vingança, ordenou que todo ano fossem enviados 7 moças e 7 rapazes atenienses para o labirinto.

Após 3 anos de sacrifícios, um jovem de nome Teseu decidiu enfrentar o Minotauro voluntariamente. Ao chegar ao palácio se apaixonou por uma das filhas do rei, Ariadne.

Ariadne, correspondendo a paixão de Teseu, entregou a ele uma espada mágica para matar o minotauro e também um novelo de lã para ele encontrar o caminho de volta. Teseu ficou algum tempo a procura do Minotauro, pois teve de ser cauteloso para não ser pego de surpresa.

Quando ele avistou o Minotauro atacando um dos atenienses, apunhalou-o por trás matando-o. Após isso Teseu resgatou os atenienses e voltou pelo caminho do novelo de lã para encontrar sua amada.

"Filosofia" e "Filosofia de Vida"


A filosofia, como o próprio nome revela, por meio de seus elementos vocabulares componentes, filos e sofia, ou seja, amizade e sabedoria, “é  a paixão pelo saber ou preocupação com o saber”, “é a problematização do saber”. 


Filosofia  é o amor à sabedoria, a filosofia é o amor ao saber. Esta é a definição nominal etimológica do termo. As definições da filosofia são variadas, dificilmente se encontrarão dois pensadores que a entenda e defina do mesmo modo.


A filosofia não se preocupa com um grupo de fenômenos particulares, isolados, determinados. É, ao contrário, a explicação global desses fenômenos. É o estudo do “por que dos porquês”, ultrapassando as causas vinculantes dos fenômenos e procurando, na cadeia das causas, a causa primeira. A filosofia é ciência dos fundamentos, é a crítica dos postulados das ciências particulres.


Já a filosofia de vida, é a parte da existência humana empregada no desenvolvimento dos valores, atitudes, pensamentos e sentimentos frente à vida. Filosofia de vida é um “sistema pessoal de idéias e sentimentos a respeito do universo e do mundo”. Todo ser humano possui uma concepção própria acerca da vida, do mundo e do universo, atitudes diferentes, formas diferentes de enfrentar as circunstâncias da vida.

quarta-feira, 18 de abril de 2012